É muito interessante a origem deste antiquíssimo título de Nossa Senhora, aliás contada por vários autores, entre os quais o P. Croiset no seu “Epítome Mariano”.
Foi no tempo do Papa Libério (362-366) quando em Roma governava o imperador Constâncio, que havia na cidade um casal muito abastado, João Patrício e sua esposa, o qual não tendo filhos, prometeu a Nossa Senhora toda a sua riqueza, pedindo-lhe que lhes dissesse, por algum sinal, a obra pia que desejava.
Na noite de 5 de agosto, os voventes e o Papa foram avisados em sonhos para construírem uma igreja no lugar marcado por uma camada de neve. Em Roma e no mês de agosto era autêntico milagre. Ao outro dia, a neve lá apareceu, no monte Esquilino.
Estava pois escolhido o local e a invocação de Nossa Senhora.
O santuário foi reconstruído um ano depois do Concílio de Éfeso, portanto em 432 e dedicado por Sisto III à Santa Mãe de Deus, em memória do célebre Concílio em que a Mãe de Jesus foi aclamada como verdadeira Mãe de Deus. Esta basílica, que mais tarde se chamou SANTA MARIA MAIOR, nome que ainda hoje tem, é a igreja mais antiga do Ocidente dedicada a Nossa Senhora. O seu dia litúrgico é ainda o dia 5 de agosto, em que se celebra a sua festa universal. Portanto, o nome de Nossa Senhora das Neves, que correu mundo, veio de Roma.
Fonte: P. José do Vale Carvalheira, in Nossa Senhora na história e devoção do povo português.
Imagem da Internet: Detalhe do interior da Basílica de Santa Maria Maior, em Roma
Imagem da Internet: Detalhe do interior da Basílica de Santa Maria Maior, em Roma
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