segunda-feira, 13 de junho de 2016

Segunda aparição de Nossa Senhora em Fátima


Local: Cova da Iria
Data: 13 de junho de 1917
Pessoas presentes: 50 a 60
«– Vossemecê que me quer? – perguntei.
– Quero que venhais aqui no dia 13 do mês que vem, que rezeis o Terço e que aprendam a ler. Depois direi o que quero.
Pedi a cura dum doente.
– Se se converter, curar-se-á durante o ano.
– Queria pedir-lhe para nos levar para o Céu.
– Sim; a Jacinta e o Francisco levo-os em breve. Mas tu ficas cá mais algum tempo. Jesus quer servir-Se de ti para me fazer conhecer e amar. Ele quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração. [A quem a abraçar, prometo a salvação; e serão queridas de Deus estas almas, como flores postas por Mim a adornar o Seu trono].
– Fico cá sozinha? – perguntei, com pena.
– Não, filha. E tu sofres muito? Não desanimes. Eu nunca te deixarei. O meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus.
Foi no momento em que disse estas últimas palavras que abriu as mãos e nos comunicou, pela segunda vez, o reflexo dessa luz imensa. Nela nos víamos como que submergidos em Deus. A Jacinta e o Francisco pareciam estar na parte dessa luz que se elevava para o Céu e eu na que se espargia sobre a terra. À frente da palma da mão direita de Nossa Senhora, estava um coração cercado de espinhos que parecia estarem-lhe cravados. Compreendemos que era o Imaculado Coração de Maria, ultrajado pelos pecados da humanidade, que queria reparação. 

Memórias da Irmã Lúcia 14.ª ed. Fátima: Secretariado dos Pastorinhos, 2010, p. 175-176 (IV Memória); a secção entre parênteses retos inclui o acréscimo indicado pela Irmã Lúcia na sua carta de Tuy de 17 de dezembro de 1927: cf.Memórias da Irmã Lúcia I, p. 175, nota 14. 
 http://www.fatima.pt/pt/pages/narrativa-das-aparicoes
 Foto de José Marques

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