Ó Virgem
branca, Estrela dos altares,
Ó Rosa
pulcra dos Rosais polares!
Branca, do
alvor das âmbulas sagradas
E das níveas
camélias regeladas.
Das
brancuras da seda sem desmaios
E da lua de
linho em nimbo e raios.
Regina Colei
das sidérias flores,
Hóstia da
Extrema-Unção de tantas dores.
Ave de prata
azul, Ave dos astros...
Santelmo
aceso, a cintilar nos mastros.
Gôndola
etérea de onde o Sonho emerge...
Água Lustral
que o meu Pecado asperge.
Bandolim do
luar, Campo de giesta,
Igreja
matinal gorjeando em festa.
Aroma, Cor e
som das Ladainhas
De maio e
Vinha verde dentre as vinhas.
Dá-me,
através de cânticos, de rezas,
O Bem, que
almas acerbas torna ilesas.
O Vinho
d’ouro, ideal, que purifica
Das seivas
juvenis a força rica.
Ah! faz
surgir, que brote e que floresça
A Vinha
d’ouro e o vinho resplandeça.
Pela Graça
imortal dos teus Reinados
Que a Vinha
os frutos desabroche iriados.
Que frutos,
flores, essa Vinha brote
Do céu sob
estrelado chamalote.
Que a
luxúria poreje de áureos cachos
E eu um
vinho de sol beba aos riachos.
Virgem,
Regina, Eucaristia, Coeli,
Vinho é o
clarão que teu Amor impele.
Que
desabrocha ensangüentadas rosas
Dentro das
naturezas luminosas.
Ó Regina do
Mar! Colei! Regina!
Ó Lâmpada
das naves do Infinito!
Todo o
Ministério azul desta Surdina
Vem
d’estranhos Missais de um novo Rito!...Poema da obra Broquéis", do percursor do Simbolismo no Brasil, João da Cruz e Souza.
Maria Lucia, gracias por este post y recuerdo de la Virgen de los Treinta y Tres protectora de mi pais.
ResponderExcluirSaludos!!!!