segunda-feira, 1 de junho de 2015

Bendita sois vós entre as mulheres



No último dia de maio, festa da Santíssima Trindade, festejamos a visitação de Maria a sua prima Isabel.

 “Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se apressadamente para a montanhas, para uma cidade da Judeia.
Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino saltou-lhe de alegria no seio e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Então, erguendo a voz, exclamou: ‘Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. E donde me é dado que venha ter comigo a mãe do meu Senhor? De fato, logo que chegou aos meus ouvidos a tua saudação, o menino saltou de alegria no meu seio’ “ (Lc 1, 39-44).

 É este o grito de alegria de Isabel “Cheia do Espírito Santo” (Lc 1, 41).

É a sua resposta à saudação de Maria que tinha entrado em sua casa para lhe dizer: “Isabel, também eu vou ser mãe! Cumpriu-se o que estava prometido, aquilo que os profetas tinham anunciado, que os nossos pais guardaram através dos séculos, está aqui no meu seio”.

Para dar esta notícia à sua idosa parente e para ajudá-la, Maria veio quase a correr (Lc 1, 39), atravessando montes, desde Nazaré na Galileia, até Ain Karem, nas colinas da Judeia, separadas por cerca de cem quilômetros.

Uma viagem longa e cansativa, andando a pé na caravana, guardando no coração um grande segredo.

Mas agora, o anúncio que novos dias chegaram, porque Deus se fez homem, no seio de uma jovem de Israel, não terminará jamais. Será cantado pelos anjos em Belém, e ressoará ao longo dos tempos em todos os lugares do mundo pela voz daqueles que de Maria o acolheram.

Quando se tem Jesus consigo sente-se impelido pela exigência de o levar aos outros, sendo sempre este anúncio um motivo de alegria e fonte de salvação. “Eis – disse Isabel – apenas a voz da tua saudação chegou aos meus ouvidos, e o menino saltou de alegria no meu ventre” (Lc 1, 44).

Isabel sabe que a maternidade é um maravilhoso dom de Deus, mas reconhece que a maternidade de Maria é infinitamente maior: “Como é possível vir ter comigo a mãe do meu Senhor?” Por que é que Maria vem servir-me? Eu é que teria de ir contigo: pois aquele que trago no ventre está destinado a preparar o caminho ao teu filho (Cf. Lc 1, 17).

Ele não é a luz: o meu filho vem para dar testemunho da luz (Jo 1, 8).

Fonte: A Ave-Maria, de Gianni Sangalli

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